Foi com essa expressão que o jóquei Antonio Queiroz foi saudado por um amigo nas redes sociais, ao voltar às pistas do Jockey Club de São Paulo no dia 9 de maio: marcou presença em três páreos. Nilton Oliveira Leite, autor da frase, resumiu em poucas palavras a perseverança de Queiroz e seu esforço pela recuperação.
À frente, Queiroz em trabalho no Centro de Treinamento Campinas do Jockey Club de SP.
A. Queiroz foi derrubado por um potro durante os treinos em 21/02/2015. Ficou afastado por dois meses e 20 dias, período necessário à recuperação da cirurgia (dois pinos no ombro) e sessões de fisioterapia. Mas nada abalou a sua disposição e sede de vitória.
Montando há 35 anos (profissionalmente há 27), A. Queiroz começou a descubrir-se na futura profissão com 7 anos de idade. Naquela época, seu pai era gerente de uma fazenda no Ceará, e foi lá que começou a montar em vaquejadas.
Provavelmente, foram as provas em reta que ampliaram seu horizonte. Pois, com 16 anos ele já montava no Jockey Club de Fortaleza, onde foi considerado o melhor aprendiz.
Depois que veio para São Paulo, nunca deixou de montar e somar bons resultados à sua carreira profissional. Hoje ele conta mais de 2.300 vitórias, foi Tríplice Coroa com o cavalo Fixador e quádruplo coroado, montando Golden God. Isso mesmo, quádruplo coroado, título que nenhum outro jóquei havia conseguido.
Queiroz é o ídolo da família que sempre o acompanha às corridas no Jockey Club SP. E foi com o amor da esposa e dos filhos que o jóquei se fortaleceu durante esse afastamento forçado das pistas. Na verdade, cada um fez sua parte de um jeito particular. Nessa hora, até poesia se tornou um ótimo fortificante.
Entenda isso nas palavras da filha Beatriz:
Que foi vendo você Que eu aprendi a lutar Mas eu só quero lembrar Antes que meu tempo acabe Pra você não se esquecer Que se Deus me desse uma chance de viver outra vez Eu só queria se tivesse você