Entre 15 e 17 de julho, o Clube Hípico de Santo Amaro promove em São Paulo a 6ª etapa de seu ranking, desta vez dando o nome de Ênio Monte ao Grande Prêmio. Trata-se de uma justa homenagem a um dos personagens mais importantes da história do hipismo nacional, como criador e idealizador do cavalo Brasileiro de Hipismo. O GP Ênio Monte é o destaque da Copa Santo Amaro de Salto, competição que chega à sua 19ª edição reunindo centenas de atletas de diferentes níveis em 22 provas, nas pistas de areia e grama, com obstáculos de 0.60m a 1.40m.
Quorum Itapuã: montaria de Doda Miranda em campanha de sucesso no Brasil (foto: reprodução)
A premiação total soma R$ 52 mil, sendo R$ 30 mil no GP de 1.40 metro que é atração no sábado (16/07), com presença em pista da nata dos atletas brasileiros em atividade no País. Além do GP Ênio Monte, outro destaque é o mini-GP, a 1.30m, na tarde de domingo (17/07), encerrando o evento. A VI etapa da Copa Santo Amaro de Salto também será válida pela V etapa da Copa BH Regional Sede de Cavalos Novos.
Abertas a cavaleiros de outras entidades, as inscrições se encerram no dia 13 e a reserva de cocheiras no dia 12/07.
Conheça o homenageado
Dos 86 anos de vida, 41 deles têm sido dedicados à criação de cavalos de esporte. Pioneiro na arte de selecionar - desde a década de 1970 - o cavalo de hipismo nacional, Ênio Monte tem um trunfo que nenhum outro criatório brasileiro alcançou: seu Haras Itapuã, em Arandú (interior paulista) é o único criatório brasileiro cuja linhagem produziu cavalos olímpicos nos Jogos de Los Angeles 1984, Barcelona 1992, Atlanta 1996 e Sidney 2000.
Sua linhagem também marcou presença em vários Pan-americanos. MC Alpes, por exemplo, foi o primeiro cavalo Brasileiro de Hipismo (BH) em Olimpíadas; nos Jogos de Los Angeles 1984 marcou presença montado por Marcelo Blessmann.
Apaixonado por cavalos desde a infância, Ênio Monte tomou gosto pelo esporte quando fez equitação no Regimento de Cavalaria 9 de Julho, da Polícia Militar de São Paulo entre 1946 e 1951, época em que também cursava engenharia na Escola Politécnica da USP. Teve vários mestres, entre eles os coronéis Félix de Barros Morgado, Sylvio Marcondes e Roberto Mondino, que traziam na bagagem o aprendizado da Escola de Saumur, na França, celeiro mundial da equitação clássica.
Como cavaleiro, Ênio Monte foi Campeão Paulista de Hipismo Universitário em 1950. A paixão pelo Salto o levou a tornar-se sócio do Clube Hípico de Santo Amaro (CHSA) em 1964, onde foi aluno do capitão Jorge Leal Furtado por vários anos.
A dificuldade em encontrar bons cavalos para competir despertou em Ênio Monte o sonho de desenvolver um cavalo nacional que atendesse às necessidades de um mercado promissor ao esporte. Pesquisas o levaram à Argentina, de onde trouxe animais Anglo-Árabes para a formação do plantel. Deste lote inicial vieram dois garanhões PSI, que além de cumprir função reprodutiva também fizeram sucesso nas pistas: Lanceiro (montado pelo Cel. Renyldo Ferreira) e Chifle, montaria de José Roberto Reynoso Fernandes, o Alfinete, e também do cavaleiro junior Ronaldo Barbosa.
Associações do Andaluz e do Lusitano
No início da década de 1970, outra raça encantou Ênio Monte: o cavalo Andaluz, utilizado na formação de várias raças europeias. Em 1973, Monte importou seu primeiro cavalo ibérico, Hafiz, além de um lote de éguas. No ano seguinte, o criador fez parte de uma missão histórica em Portugal: ao lado de outros criadores, resgataram cavalos andaluzes que seriam abatidos pela Revolução dos Cravos. Em 1975, Ênio Monte voltou a fazer parte da história da criação nacional ao se tornar um dos fundadores da Associação Brasileira de Criadores do Cavalo Andaluz, onde eram registrados cavalos Lusitanos, Espanhóis e Andaluzes Brasileiros. Em 1991, a Associação Andaluz tornou-se Associação Brasileira de Criadores do Cavalo Puro Sangue Lusitano (ABPSL).
Associação do Brasileiro de Hipismo
Uma nova empreitada foi assumida em 1977, quando Ênio Monte idealizou criar a Associação Brasileira de Criadores do Cavalo de Hipismo. Inicialmente, o plantel da nova raça era formado por Anglo-Argentinos e Puro Sangue Inglês. Depois, vieram as linhagens europeias, como Hannoveriana, Trakehner, Holsteiner, Westfalen, Selas Francês e Holandês, entre outras. Mas, a busca por uma raça de cavalos atletas genuinamente nacional persistia. Da seleção do que existia e existe de melhor entre as linhas linhagens internacionais em éguas nacionais e importadas, nasceu o cavalo Brasileiro de Hipismo.
Programação e Inscrições
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VI Etapa Copa Santo Amaro - Entrada Franca 15 a 17 de Julho
Clube Hípico de Santo Amaro Rua Visconde de Taunay, 509 - São Paulo Estacionamento: R$ 25,00
fonte: Assessoria de Imprensa (Rute Araújo)