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Visando ao desenvolvimento da Atrelagem Esportiva no Brasil, CBH realiza Clínica de Maratona para co


Com o objetivo de desenvolver a Atrelagem Esportiva no Brasil, a Confederação Brasileira de Hipismo - CBH - realiza na próxima semana (10 a 13/08) a 1ª Clínica de Atrelagem voltada à Maratona. Especialmente preparada para capacitar condutores (de todos os níveis) e juízes, a Clínica abordará tanto a parte de organização de provas e montagem de obstáculos, quanto as formalidades de julgamento dos competidores. À frente dos trabalhos estarão dois nomes internacionais do mundo da Atrelagem: de Portugal, Jorge Baixo, atleta equestre e instrutor de Atrelagem; do Chile, Grete Ruber, juíza FEI e course designer.

Jorge Miguel Caixeiro Baixo, Jorge Baixo, mora em Santarém, Portugal, onde é monitor de atrelagem desde início de 1989 na Sociedade Agrícola Foz de Alviela.

Especificamente para os condutores, serão abordados temas relacionados à participação em provas de Maratona, desde a preparação dos cavalos e respectivo material, até a técnica para fazer os obstáculos de Maratona e a prova.

Clínica de Atrelagem - Maratona 10 a 13 de Agosto / 2017

Fazenda Alegre - SP São João da Boa Vista - SP Supervisão CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE HIPISMO www.cbh.org.br Comissão Organizadora Ana Carolina G. Borja (Diretora de Atrelagem - CBH) Elisabeth Schelchl

Informações: Carol Borja (19) 99956 3636

Na pista com um colecionador de títulos

Jorge Miguel Caixeiro Baixo - mora em Santarém, Portugal, onde é monitor de atrelagem desde o início de 1989, na Sociedade Agrícola Foz de Alviela. Ao longo do tempo, desde que o nome Jorge Baixo apareceu nas primeiras competições da Companhia da Lezírias, em 1994, o atleta tornou-se um colecionador de títulos em provas de Atrelagem. Ano passado, conquistou por duas vezes o 1º lugar no Campeonato Nacional e Concurso Golegã; em 2015, 1º lugar no Campeonato Nacional; em 2013, também conquistou o 1º no Campeonato Nacional, entre outros, na maioria das vezes com o seu querido cavalo Apache.

É este o background de Jorge, que lhe dá autoridade técnica para estar à frente desta Clínica de Maratona, orientando condutores brasileiros para um segmento desta modalidade equestre tão "nova" no Brasil.

Jorge Baixo falou a este Trote&Galope que pretende - durante a Clínica - trabalhar o equilíbrio do cavalo, buscando aperfeiçoar a sua condução dentro do obstáculo. Isso será de primordial importância, sobretudo para conjuntos (cavalo e condutor) que até então só participam de provas de adestramento e maneabilidade.

O atleta / instrutor explica que a maratona é dividida em três seções: A, D e E (apenas para nos dar uma base da parte técnica que será abordada na Clínica).

"A", vai de 4 a 7 km, com tempo máximo de 4 minutos por km.

"D" passar 933 metros em 10 minutos sem penalizações.

"E" obstáculos que serão cronometrados, em concursos nacionais, iniciantes podem fazer só quatro obstáculos, enquanto os profissionais fazem 7 ou 8, consoante aos que houver no concurso.

Em cada seção, exceto "D", há um tempo máximo e mínimo (exemplo: em 4 km a percorrer, dará 16 minutos como máximo e 14 como mínimo); o concorrente tem que chegar ao final da seção entre os 14 e 16 minutos. "No início, pode parecer complicado. Mas, com a prática e os estudos, tudo vira automático. E é importante que seja assim, pois em uma prova de Maratona qualquer erro significa perda de tempo valioso ou, pior, penalização", resume Jorge Baixo, que a nosso pedido forneceu as informações que seguem.

Jorge Miguel Caixeiro Baixo - mora em Santarém, Portugal, onde é monitor de atrelagem desde o início de 1989, na Sociedade Agrícola Foz de Alviela.

Breve história da Atrelagem

De todas as invenções e descobertas do Homo Sapiens - da roda dentada à energia elétrica, os diversos usos do cavalo foram os que mais impulsionaram o progresso econômico da humanidade. Nada trouxe tantos benefícios, mudou tantos hábitos e empregou tanta gente quanto a equitação e a atrelagem. As atrelagens foram até o princípio do século passado como o meio de transporte por excelência, e que se mantêm até aos nossos dias - cada vez mais -como modalidade esportiva.

Faz parte da natureza humana a vontade de exibir habilidade e proeza no trabalho. As lidas equestres do passado deram origem a um grande número de esportes, identificados como uma espécie de reencenação da utilização do cavalo no trabalho civil e militar, e alguns existentes desde a domesticação do cavalo. Por isso, não é exagero afirmar que nenhuma outra atividade inventada pelo homem gerou tantos esportes diferentes quanto os trabalhos equestres.

Mas, o que é Atrelagem?

A competição de atrelagem é um triatlon visando demonstrar a versatilidade do condutor e cavalo atrelado. Iniciado em 1968, quando o Príncipe Philip - The Duke of Edinburgh - redigiu as regras que foram aprovadas pela FEI - Federação Equestre Internacional - para competições de pessoas sem limitações motoras.

A competição consiste em três fases executadas em três ou quatro dias (padrão internacional). Separadas consoante o número de cavalos atrelados (um, dois ou quatro), disputa-se sempre com base nas provas de apresentação, maneabilidade (trata-se de vencer obstáculos estreitos e sinuosos) e maratona.

No caso da Maratona, ela é uma espécie de corrida cronometrada, que exige veículos (chamados "carros", "carruagens", "coches") adaptados / equipadas com freio a disco, e é vista como o centro de interesse do espetáculo: a passagem em velocidade sobre cursos de água é sempre um momento de intensa emoção.

As provas de apresentação acontecem no primeiro dia; maratona com obstáculos no segundo e, no terceiro dia, competição de maneabilidade ao tempo (corresponde à prova de salto clássico).

Para finalizar, Jorge Baixo afirma: "Atrelagem Esportiva é um esporte de adrenalina. Cada fase testa a obediência e submissão do cavalo, apuramento de condução e controle mental do condutor. E, sobretudo, a integração e confiança entre ambos". Veja o vídeo do "Royal Windsor Horse Show - Carriage Marathon" e tire suas próprias conclusões.

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