top of page
Buscar
Foto do escritor

A elegância da Atrelagem volta à pista da Sociedade Hípica de Campinas, na última etapa do Ranking C


Neste domingo (26/11), a Sociedade Hípica de Campinas - SHC mais uma vez abre as portas para receber a Atrelagem, modalidade das mais charmosas dentre os esportes equestres. A organização é da diretoria de Atrelagem da CBH - Confederação Brasileira de Hipismo -, que a partir das 10h (pista de grama) dá sequência à 4ª Etapa de seu Ranking 2017, última do campeonato iniciado em maio.

Ana Carolina Borja de Almeida - uma da pioneiras do esporte no Brasil e diretora da modalidade na CBH - adianta que o Ranking será finalizado com a prova de Maneabilidade (Cones), cuja soma de pontos indicará os mais bem colocados nas categorias Infantil, Iniciante, Amador, Master e Profissional, que disputam em single (um cavalo), parelha (dois cavalos) e quadra (quatro cavalos).

Romário Barbosa dos Santos, 1º lugar com Quebec do Piratininga e 2º com Quasar do Piratininga: surpreendente estreia na 3ª Etapa, realizada no final de outubro, em Indaiatuba.

Cerca de 15 conjuntos (condutor e groom) já confirmaram presença. O desenho do percurso é assinado por Susana Reinhart Cintra, juíza da prova e course designer. Ana Carolina Borja e Marina Suguimoto respondem pela organização.

Antes da prova de Atrelagem, às 9h, a SHC sedia também o CBH Open de Volteio - Etapa II - no picadeiro coberto, reunindo cerca de 50 volteadores que competem nas categorias Individual e Equipe.

Não há como evitar tantos olhares

Por si só, a Atrelagem Esportiva atrai todos os olhares. Esporte relativamente novo no país, cheio de charme em todos os sentidos, seja pelos movimentos sincronizados e ritmados, os animais maravilhosos e bem treinados, as rédeas e arreios personalizados, os condutores vestidos a caráter e com elegância. Isso e muito mais, ainda somado à habilidade e destreza para superar cada obstáculo tornam a competição super especial.

Ana Carolina Borja, diretora de Atrelagem da CBH, na condução da quadra de Lusitanos formada por Erótica, Erva Doce, Viajor e Semaneiro

Desafio à destreza e precisão

A prova de Maneabilidade, chamada "prova dos Cones",visa testar o preparo, a obediência e agilidade dos cavalos, além da habilidade e competência dos condutores dentro de um percurso com cerca de 12 passagens, desenhado com círculos, serpentina e obstáculos combinados, com espaço excedente de apenas 30 cm em relação à largura (bitola) do veículo e 40 cm para as carruagens tracionadas por quatro cavalos. A velocidade é cronometrada e o tempo máximo concedido para fazer a prova é de 200 metros/minuto. Erros, tais como derrubar as bolinhas colocadas na ponta dos cones, ou dos próprios cones, são penalizados com pontos ou segundos acrescidos ao tempo final do percurso.

Angela Schönburg, que recentemente conquistou o título de campeã de Atrelagem (CAR1), na Feira Nacional do Cavalo (em Golegã, Portugal), estará na SHC com cavalos da raça Crioula

O mais experiente condutor de Atrelagem no Brasil, Antonio Souza, com a quadra de Lusitanos da fazenda Interagro: Cagliostro, Crispim, Comanche e Demócrito. Antonio é dos "colecionadores de medalhas"

Sobre a modalidade

De origem grega, a Atrelagem nasceu como meio de transporte e se desenvolveu à época do Império Romano. Atingiu o apogeu no século XV, quando conquistou a realeza e aristocracia européia, ganhando status de modalidade esportiva com o surgimento do automóvel. Como esporte, nasceu inspirada no Concurso Completo de Equitação (CCE), com o objetivo de mostrar a versatilidade do condutor às rédeas de um ou mais cavalos atrelados a um “carro” (carruagem, trole, charrete etc).

Em 1970, quando competições já eram praticadas em mais de 20 países da Europa e América do Norte, a Atrelagem foi reconhecida como esporte pela Federação Equestre Internacional (FEI), que passou a promover provas de Adestramento, Maneabilidade/Cone e Maratona, além do Concurso Completo (composto pelas três provas).

As provas são separadas em categorias por idade e porte físico dos animais, divididas pelas classes de um animal (Single), dois (Parelha) e quatro animais (four-in-hand ou Quadra).

Não existe limite de idade para competir na Atrelagem Esportiva; homens e mulheres disputam em igualdade, seja como condutor ou groom (o auxiliar do condutor, que fica atrás do “carro” fazendo o contrapeso e dando equilíbrio).

Atrelagem no Brasil

A modalidade foi reconhecida oficialmente pela Confederação Brasileira de Hipismo (CBH) em dezembro de 2009. Na mesma época, surge a Associação Brasileira de Atrelagem (Abrat). Em 2011, a CBH promove o primeiro Campeonato Brasileiro de Atrelagem, aberto a todas as raças, além do primeiro ranking da modalidade no País. Desde então, a Atrelagem Esportiva tem apresentado resultados positivos, agregando ano a ano um número maior de competidores e raças - de pôneis aos pesados Bretões e Clydesdales -, e já reúne mais competidores em provas de Adestramento e Maneabilidade/Cones “do que o Chile e a Argentina, países que há mais tempo praticam o esporte”, garante Ana Carolina Borja.

Tecnicamente, cavaleiros e cavalos têm evoluído gradualmente, muito em razão do investimento em clínicas e cursos. A aquisição de “carros” e arreios na Europa também contribuem para tal evolução. No entanto, "a maior dificuldade para uma evolução ainda maior reside na falta de mão de obra especializada para treinamento de condutores e cavalos", destaca a diretora de Atrelagem da CBH.

4ª Etapa do Ranking CBH de Atrelagem - às 10h (pista de grama)

Sociedade Hípica de Campinas

fonte: Assessoria de Imprensa CBH (Rute Araujo)

5 visualizações
bottom of page