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Luiz Ronaldo de Souza vence inter 1 no encerramento da temporada em SP


ADESTRAMENTO - Valendo peso dois, a última etapa da Copa Santo Amaro de Adestramento, válida como final do Campeonato Paulista de Adestramento (CPA), reuniu 53 conjuntos no Clube Hípico de Santo Amaro - CHSA (SP, em 8/12), principalmente os que estavam na disputa pelos títulos. A competição teve grande participação dos alunos da escola de equitação na categoria estreante, uma reprise elaborada pelo clube para incentivar a participação de novatos na modalidade.

Além da prova Estreante com 17 conjuntos, a Preliminar Amador e a Média 2 Amador, ambas com cinco concorrentes cada, foram as mais disputadas. Nas séries fortes, Luiz Ronaldo de Souza, com Bilan, venceu a prova na reprise Intermediária 1 (67,304%), seguido de Bruno de Certaines com Finesse (66,225%). Roberto de Souza Filho, o Billy, foi primeiro lugar na forte 1 com Fantomen do Pagliarin (64,333%).

“A temporada 2018 foi muito boa, de muito aprendizado e com bastante treinamento, o que resultou em uma evolução nas notas”, disse Ronaldo, enfatizando o que mais aprimorou durante o ano: seu conhecimento técnico. “Para 2019, vou tentar fazer os CDIs de olho em uma vaga para o Pan”, contou o cavaleiro que, além da prova, ganhou a Copa CHSA, o Campeonato Paulista de Adestramento e o Ranking da SHP na série forte 2 profissional.

Vencedor em 2018 da Copa CHSA e do CPA na forte 1, Billy Souza reconhece uma evolução grande em 2018, tanto para ele quanto para Fantom “No começo do ano, tivemos boas notas, o que é uma enorme satisfação, pois fui eu quem comecei, fiz o cavalo, e ele está subindo o nível”, disse o cavaleiro que vai migrar para a categoria Forte 2 no próximo ano.

Revelação de novos talentos

Eventos dessa natureza são excelentes laboratórios para desenvolvimento técnico, tanto de cavaleiros quanto dos próprios animais, como destacaram Ronaldo e Billy, participantes nas chamadas categorias fortes. No entanto, talvez o maior crescimento aconteça nas categorias que reúnem conjuntos ainda em estágios iniciais, com muito a aprender.

Giovanna e a treinadora Priscila comemoram os resultados

Na categoria Preliminar Mirim, por exemplo, Giovanna Sofia Nery (montando Implacável Aguilar) é um nome que se destaca não só por ter se consagrado Campeã Paulista Mirim e Campeã do Ranking da Santo Amaro, mas por estar também construindo uma carreira de vitórias no próprio ranking da escola de equitação que lhe acolheu há quatro anos (Academia e Escola de Equitação Troá, de Valinhos, SP). Ao longo do ano, Giovanna competiu na categoria Mirim, mas novos desafios estão por vir, já que acaba de fazer aniversário (14 anos).

Montando um cavalo de apenas 6 anos (Implacável Aguilar), a amazona não teve um ano fácil, marcado pelo início de suas participações em provas externas. Priscila Thomazelli, sua instrutora, diz que "Giovanna apanhou bastante, mas conseguiu superar todas as dificuldades e ainda terminar o campeonato em primeiro lugar, com nota final de 56,569%. No ranking do CHSA, sua participação em cinco etapas também lhe garantiu o primeiro lugar na categoria".

A treinadora está muito orgulhosa dos resultados obtidos, apesar de Giovanna ainda entrar em pista tendo o nervosismo como adversário a ser vencido. "Com certeza, foi esse nervosismo que lhe fez cometer dois erros na prova de sábado (8/12), mas isso está sendo trabalhado para que os impulsos se tornem positivos", assinala Priscila.

Adestramento crescendo

Ao comentar a temporada, a diretora de adestramento do CHSA, Luciana Simões Marques Ferrara, destacou 2018 como um ano difícil. “Mas estou feliz, porque conseguimos começar bem e terminar bem. No meio do ano, não tivemos um índice tão alto de participantes, mas tivemos provas de qualidade e isto importa muito”, enfatizou.

Para fomentar o adestramento, a diretora ressaltou a importância de se trabalhar com as escolas de equitação, incentivando os alunos a terem base de adestramento e estar nas provas da modalidade. “Acho muito importante o trabalho com a escola. O adestramento só vai crescer quando as pessoas souberem o que ele é, porque as pessoas não sabem; acham que hipismo é saltar e não sabem que têm outras opções. E, a partir do momento que elas começam a fazer, acabam se encantando. Quem quer saltar, vai saltar, até porque uma modalidade complementa a outra”, explicou.

Para 2019, Luciana confirma a realização do Campeonato Brasileiro de Adestramento no Clube Hípico de Santo Amaro. Quanto à Copa, o ranking deve seguir com as etapas, mas ainda tem itens a definir antes de divulgar o calendário oficial.

“Estou feliz com o adestramento. Está havendo um trabalho muito bom entre a CBH e a FPH. É um esporte que não é fácil, mas o Brasil foi bem em Tryon e na Argentina, e os clubes estão imbuídos em melhorar o esporte. Estamos conseguindo resgatar novamente o nosso adestramento”, disse a juíza Lindinha Macedo. Além dela, Márcio Navarro de Camargo, André Ganc e Sérgio Castany de Fiori julgaram as provas.

Para Lindinha Macedo, um fator-chave para o desenvolvimento na modalidade é a consciência equestre. “Eu tenho ficado feliz, porque tenho visto cavaleiros até em séries iniciantes, preliminares, já desenvolvendo uma grande consciência equestre. O que eu acho muito importante é o cavaleiro participar em todas as reuniões promovidas pelo adestramento, em cursos e palestras, para entender aquilo que se busca e que se procura no cavalo”, disse.

Juiz das séries Elementar a Forte 2 na prova, Camargo destacou que viu boas disputas entre os conjuntos participantes no CPA. “Eles vieram fortes para a última etapa”, disse. Para se preparar para a temporada 2019, o juiz salientou que os cavaleiros devem focar em trabalhar a escala de treinamento. “Ritmo, cadência, descontração e contato precisam ser trabalhados. Os cavaleiros têm de dar ênfase à primeira fase da escala, porque ela ainda está a desejar. Ainda vemos muitos cavalos sobre as espáduas”, explicou.

Falando sobre a temporada 2018, Camargo apontou para o aumento na quantidade de pessoas competindo nas etapas. “Tivemos etapas com mais de 70 conjuntos e, antes, colocar 30 pessoas era difícil. Estamos no caminho certo.”

Para a Copa CHSA, os conjuntos precisam participar de, pelo menos, quatro das sete etapas, sendo a final obrigatória. Para a somatória do índice porcentual são descartadas três notas de menor porcentual. A última etapa tem peso dois. São consagrados campeões e vice em cada série e categoria.

fonte: Adestramento Brasil e Academia Troá

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