ABET - Associação Brasileira de Equitação de Trabalho tem promovido um Curso Básico de Equitação de Trabalho em vários estados. Em São Paulo, o primeiro curso acontece no mês de novembro (8 a 10), na Academia e Escola de Equitação Troá (Alameda Itatinga, 1094 – bairro Joapiranga, Valinhos, altura do km 85 da Rodovia Anhanguera - SP 330, sentido interior).
A Equitação de Trabalho é uma das modalidades que vêm crescendo no Brasil, muito provavelmente porque tem - entre outras - a característica de reunir a família para se divertir com os alegres momentos que ela proporciona. Como não há uma raça específica para a sua prática, pode-se usar qualquer cavalo, seja de trote ou marcha, bem como muares e pôneis.
A Equitação de Trabalho tem como finalidade demonstrar o trabalho diário de qualquer pessoa que trabalha no campo sobre a sela de um cavalo, por isso o percurso desenhado na pista representa obstáculos e situações reais. Tal percurso deve ser cumprido com eficiência e segurança, sem prejuízo da agilidade, entrosamento e equilíbrio entre cavaleiro e cavalo.
Os obstáculos consistem em pontes, saltos baixos, abrir e fechar porteiras, lançar argolas, levantar jarras d’água, tocar sinetas, entre tantos outros que fazem parte do dia a dia da lida no campo.
Esses são alguns dos motivos que justificam o uso de animais com habilidades atléticas e morais diferenciadas, para que possam vencer os obstáculos que se apresentam com eficiência e segurança, sendo ágeis, no entanto controlados; fortes e, ao mesmo tempo, no entanto sensíveis. Não se pode esquecer também que estes animais devem ser delicados e ter um necessário equilíbrio, afinal, a prova de Equitação de Trabalho foi idealizada para pôr essas qualidades à prova em pista.
Origens
A modalidade Equitação de Trabalho é muito conhecida e difundida na Europa, tendo como grandes ganhadores e estrelas os portugueses. Foi criada por italianos e franceses em meados da década de 90, mas em pouco tempo os portugueses e espanhóis começaram a praticar a Equitação de Trabalho.
Então, em 1998, houve o primeiro Campeonato da Europa da modalidade. Para isso, foi criado um regulamento comum para os países participantes, com objetivo de unificar os conceitos equestres, contudo, respeitando as diferentes tradições da lida do campo. Desde então, a Equitação de Trabalho tem crescido muito e se expandido além de países da Europa, envolvendo o México e o Brasil, tanto na prática quanto nas competições.
Montarias
Cada país utiliza o cavalo típico de sua região. Os italianos usam os maremenhos, animais da região da Marema, na Toscana, de porte semelhante ao puro sangue inglês, com algumas características do quarto de milha. Os franceses utilizam camargueses, animais de pequeno porte da região da Camarga, que lembram pôneis, apenas maiores. Os espanhóis, um animal que é o resultado de uma cruza de anglo-hispano-árabes. Já os portugueses, naturalmente, elegeram o puro sangue lusitano.
No Brasil, a Equitação de Trabalho começou pela iniciativa da Associação Brasileira do Puro Sangue Lusitano (ABPSL), em 2000. Após competições, inclusive internacionais com participação em Campeonatos Mundiais, foi criada a Cia de Equitação de Trabalho e, em 2018, a Associação Brasileira de Equitação de Trabalho (ABET). Hoje, há participação de cavalos das raças: Puro Sangue Lusitano, Campolina, Mangalarga, Machador, Quarto de Milha, Crioulo, entre outros, inclusive SRD (sem raça definida).
Um pouco sobre a modalidade
A competição é dividida em quatro etapas distintas, sendo três delas disputadas individualmente, a saber:
Ensino – similar a uma prova de adestramento clássico, demonstra habilidades do cavalo e cavaleiro ao executar os exercícios.
Maneabilidade – tem como objetivo colocar em evidência a capacidade do conjunto cavalo/cavaleiro em superar, com tranquilidade, precisão, estilo e regularidade os obstáculos que reproduzem o dia a dia do campo.
Velocidade – seu objetivo é cumprir os mesmos quesitos da prova de Maneabilidade, mas agora contra o relógio, no cronômetro.
E, por fim, a Prova da Vaca – objetiva a separação de uma rês de um lote e sua condução a outro extremo da pista. Essa fase só é realizada quando há competição por equipes.
Atualmente, há campeonatos regionais, estaduais, nacionais e internacionais, e todo o regulamento está sendo feito pela ABET, que especificou os trajes, respeitando as tradições de cada raça. Existem categorias por idade dos cavalos, por destreza e tempo de prática esportiva dos atletas humanos, bem como idade das pessoas.
Mas, onde posso praticar?
Existem muitos locais que já estão engajados na prática desse esporte. Contudo, com o intuito de ter um número cada vez maior de participantes, a ABET tem promovido seu Curso Básico de Equitação de Trabalho em vários estados, pois acredita (por isso investe bastante) nas categorias de base e escola, para sempre receber novos competidores e cavalos. Só assim o esporte poderá crescer e ser renovado.
Em São Paulo, o primeiro curso do ano vai acontecer na cidade de Valinhos, no mês de novembro (dias 8, 9 e 10), na Academia e Escola de Equitação Troá (Alameda Itatinga, 1094 – bairro Joapiranga, altura do km 85 da Rodovia Anhanguera - SP 330, sentido interior), que sempre de portas abertas a todos.
fonte: Academia Troá e ABET (foto Ney Messi)