A partir da próxima quinta-feira, 26/8, o Hipismo brasileiro volta às pistas em Tóquio, desta vez com dois representantes no Adestramento Paraequestre nas Paralimpíadas: Sérgio Oliva e Rodolpho Riskalla, donos de histórias de superação. Vale conferir!
Conheça a seguir a "Linha do tempo” sobre a modalidade e a trajetória do Brasil no Adestramento Paraequestre.
Década de 70
Na Europa, países como Escandinávia e Grã Bretanha transformam a equitação terapêutica em competição. Na mesma ocasião, a Granja do Torto, em Brasília (DF), deu início à equitação terapêutica.
1984
O Adestramento Paraequestre faz sua estreia na Paralimpíada de Nova York (EUA), com representantes de seis países. A baixa participação contribuiu para que a modalidade só voltasse ao programa oficial a partir dos Jogos de Atlanta 1996.
1987
Realizado na Suécia o 1º Campeonato Mundial Paraequestre.
1989
Nasce em Brasília a Associação Nacional de Equoterapia (ANDE Brasil), embrião do esporte no país. Nas décadas seguintes, a capital federal se consolidou como o maior pólo do Adestramento Paraequestre do país.
1996
O Adestramento Paraequestre retorna ao programa oficial da Paralimpíada nos Jogos de Atlanta, com participação de 16 países e destaque para a Grã Bretanha, que conquistou três medalhas de ouro, três de prata e duas de bronze. Dos 61 atletas, 46 eram mulheres.
2000
- Na Paralimpíada de Sydney, o Adestramento Paraequestre volta a integrar o programa oficial da Paralimpíada, depois do registro de um maior número de atletas e países praticantes da modalidade. Dos 72 competidores, 54 eram mulheres.
- O Adestramento Paraequestre é introduzido no Brasil por iniciativa de Gabriele B. Walter.
2002
A Confederação Brasileira de Hipismo (CBH) adota o Adestramento Paraequestre, regulamenta a modalidade junto ao Comitê Paralímpico Brasileiro, realiza o primeiro curso sobre a modalidade com Gabriele Walter e, ao longo do ano, promove as primeiras provas-treino com participação de representantes de São Paulo, Minas Gerais e Distrito Federal.
2003
– O Brasil estreia em uma competição internacional durante o Mundial da modalidade, realizado em Moorsele, Bélgica, com os atletas Natalie Goutglass e Daniel Loeb.
– Brasil estreou no Parapan nos Jogos de Mar del Plata, Argentina, conquistando a prata por equipe em um total de seis medalhas. Os atletas Marcos Fernandes Alves, o Joca, no Grau Ib, e Sérgio Ribeiro Fróes Oliva, no Grau Ia, conquistaram duas medalhas de ouro cada, na prova técnica e no Freestyle. Paulo Roberto Meneses foi prata. O resultado garantiu a primeira vaga brasileira em uma Paralimpíada, a de Atenas 2004.
- A CBH promove o 1º Campeonato Brasileiro de Adestramento Paraequestre em Ibiúna (SP). Participam da disputa representantes dos estados de São Paulo e Minas Gerais, além do Distrito Federal.
– Realizada a 1ª Copa Sul-americana Paraequestre, em Ibiúna (SP).
2004
- O Brasil estreou nos Jogos Paralímpicos de Atenas com Marcos Fernandes Alves, o Joca, que terminou em 9º lugar. O atleta brasiliense montou um cavalo inglês alugado e contou com apoio da CBH e da Federação Hípica Britânica. A técnica foi Marcela Pimentel. Dos 69 atletas, 47 eram mulheres.
– São Paulo foi palco da II Copa Sul-americana de Hipismo Paralímpico, com participação de duas equipes brasileiras. O paulista Donizetti Bicudo foi campeão da categoria Grau III, e os atletas brasilienses Davi Salazar Pessoa Mesquita (Grau Ib) e Sérgio Ribeiro Froes Oliva (Grau IA) conquistam a 2ª e 3ª colocações, respectivamente.
2005
O Campeonato Sul-americano foi realizado em São Paulo, com vitória do Brasil.
2006
No Campeonato Aberto da Bélgica, válido como qualificatória para os Jogos Equestres Mundiais de 2010, em Kentuck/EUA, o Brasil não conquistou medalha, mas garantiu vaga olímpica como equipe para os Jogos Paralímpicos de Pequim 2008. O Time Brasil na Bélgica foi formado por Davi Salazar Pessoa Mesquita e Elisa Melaranci, no Grau II, Dante da Silva Rodrigues, no Grau III, Marcos Ferandes Alves, o Joca, no Grau Ib, Paulo Roberto Menezes e Sérgio Ribeiro Froés Oliva no Grau Ia. A delegação contou, ainda, com Marcela Pimentel como técnica, Flávia Azevedo como diretora da modalidade na CBH e três cavalos nacionais: Ringo Star Pioneiro, CPHG Potencial e Ultimato do Aretê.
2007
No Campeonato Mundial de Adestramento Paraequestre realizado em Hartpury, Inglaterra, reunindo 132 atletas de 34 países, o Brasil conquistou o 4º lugar por equipe. Sergio Froés Ribeiro de Oliva montando El Grand Champ, na categoria Grau Ia, conquistou a medalha de ouro na prova técnica e o bronze no Freestyle. Integraram o Time Brasil, além de Oliva, Davi Salazar Pessoa Mesquita e Marcos Fernandes Alves no Grau Ib, Elisa Melaranci no Grau II e Vera Lúcia Mazzilli no Grau Ia. Os atletas montaram dois cavalos com que treinaram na França: El Grand Champ e Luthenay de Vernay, este Sela Francês, foi presenteado, posteriormente ao Joca, pelo cavaleiro olímpico Álvaro Afonso de Miranda Neto, o Doda.
– CBH realizou em Brasília (DF) o 1º Curso Nacional para atletas e técnicos de Adestramento Paraolímpico, conjuntamente a um curso para classificadores. O curso foi ministrado pelo técnico francês Nicolas Commanche.
2008
Pela primeira vez, o Brasil estreou como equipe nas Paralimpíadas nos Jogos de Pequim, ficando em 11º entre 12 países. O destaque foi Marcos Fernandes Alves que, montando Luthenay, no Grau Ib, conquistou dois bronzes, prova técnica e Freestyle. O Time Brasil contou também com Sérgio Ribeiro Fróes de Oliva (Grau Ia), Davi Salazar Pessoa Mesquita (Grau Ib), Elisa Melaranci (Grau II) e a chefe de equipe Marcela Frias Pimentel Parsons. Competiram 73 atletas, sendo 50 mulheres.
2009
O Time Brasil participou do Campeonato Aberto da França conquistando quatro medalhas de bronze: Vera Lúcia Mazzilli (Grau Ia) faturou duas no Individual e Freestyle no Grau Ia, mesmo resultado de Davi Salazar Pessoa Mesquita no Grau Ib. Simone Cordeiro Vieira (Grau II) ficou em 7º. Com os resultados obtidos na França, o Brasil conseguiu qualificar cinco cavaleiros para o Mundial de Kentucky: Marcos Fernandes Alves (Joca), Elisa Melaranci, Sérgio Ribeiro Fróes de Oliva, Davi Salazar Pessoa Mesquita e Vera Lúcia Mazzilli.
2010
O Adestramento Paraequestre passou a integrar as modalidades dos Jogos Equestres Mundiais (WEG, na versão em inglês) a partir da 6ª edição, em Kentucky, Estados Unidos. O país contou com a participação de um time completo, 10º lugar, formado por Sergio Froés Ribeiro de Oliva/Reliquia e e Vera Lucia Martins Mazzilli/Rossini no Grau 1a, Marcos Fernandes Alves/Lutheney de Vernay e Davi Salazar Pessoa Mesquita/Lester no Grau 1b. Marcela Frias Pimentel Parsons foi a chefe da equipe.
2012
Na Paralimpíada de Londres, o Time Brasil - 13º colocado entre 16 países - foi formado por Marcos Fernandes Alves, o Joca, e Davi Salazar Pessoa Mesquita no Grau Ib, Sergio Froes de Oliva no Grau Ia e Elisa Melaranci no Grau II. A chefe de equipe foi Marcela Frias Pimentel Parsons. Dos 78 atletas, 56 eram mulheres.
2014
Nos Jogos Equestres Mundiais realizados em Caen, na Normandia, França, o Time Brasil ficou em 12º lugar e foi formada pelos conjuntos: Marcos Fernandes Alves / Win Du Vieux Logis e Davi Salazar Mesquita / Balthasar no Grau Ib, Vera Lucia Martins Mazzili / Ballantine e Sérgio Froes Ribeiro Oliva / Emily no Grau Ia, e Elisa Melaranci / Zebelle no Grau II. O melhor resultado individual foi de Vera Lúcia em 6º.
2016
- Na Paralimpíada do Rio o Time Brasil ficou em 7º lugar entre 14 países. O melhor resultado foi do atleta do Grau Ia Sérgio Froes Oliva que montando Coco Chanel conquistou dois bronzes: nas provas técnica e Freestyle. Completaram o time Vera Mazzili (Grau Ia), Marcos Fernandes Alves (grau Ib) e Rodolpho Riskalla/Dom Henrico (Grau III). A chefe de equipe foi Marcela Frias Pimentel Parsons.
- Rodolpho Riskalla conquistou o FEI Awards, categoria Against All Odds (contra todas as adversidades) promovido pela Federação Equestre Internacional. O prêmio foi entregue em Tóquio, Japão.
2018
- Nos Jogos Equestres Mundiais de Tryon, nos Estados Unidos, o Brasil fez sua melhor campanha na competição com a conquista de duas pratas do estreante Rodolpho Riskalla, cavaleiro de Grau IV, que montou Dom Enrico e registrou as mais altas notas médias finais já registradas pelo país: 73,366% na prova técnica e 77,780% no Freestyle. O Time Brasil, 7º colocado, contou com Riskalla, os medalhista paralímpicos Sérgio Froés Oliva/Coco Chanel M (Grau Ia) e Marcos Fernandes Alves/Vlaminir (Grau Ib) e a paralímpica Vera Lúcia Martins Mazzilli/Ballantine (Grau Ia).
- Rodolpho Riskalla assume a liderança no ranking mundial de Adestramento Paraequestre no Grau IV e o 4º lugar no ranking geral da Federação Equestre Internacional.
- Rodolpho Riskalla vence no Hipismo o Prêmio Brasil Paralímpico promovido pelo COB.
2019
- No Hartpury CPEDI 3* International de Hartpury, Inglaterra, Rodolpho Riskalla montando Dom Henrico, no Grau IV, e Sérgio Froes Oliva com Coco Chanel M, no Grau Ia, conquistaram medalhas de ouro nas provas técnica e Freestyle. O Time Brasil conquistou a prata, que contou também com Marcos Fernandes Alves/Fusion Old (Grau Ib) e Vera Lúcia Martins Mazzilli/For Fun (Grau Ia).
- Rodolpho Riskalla com Don Henrico, Grau IV, conquistou três medalhas de ouro no CPEDI3* de Doha, no Catar.
- Rodolpho Riskalla vence no Hipismo o Prêmio Brasil Paralímpico promovido pelo COB.
2020
Rodolpho Riskalla / Don Henrico volta a conquistar três ouros na disputa individual pelo Grau IV no Concurso Internacional Paraequestre CPEDI3* AL Shaqab, em Doha, Catar.
2021
- Com 100% de aproveitamento e conquista de três ouros, Rodolpho Riskalla, montando Don Henrico voltou a brilhar no Concurso Internacional Paraequestre CPEDI3* AL Shaqab, em Doha, Catar. No Freestyle, o cavaleiro que compete no Grau IV registrou a nota 81.075%, a maior já alcançada por um brasileiro.
- Rodolpho Riskalla montando Don Frederic é tricampeão no CPEDI3* em Mannheim, Alemanha.
- Em julho, Rodolpho Riskalla assume a vice-liderança do Grupo IV no Ranking FEI e o 11º lugar na classificação geral considerando os cinco grupos.
fonte: Imprensa CBH (Rute Araujo)