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Time Brasil de Concurso Completo vira em 11º lugar após o Adestramento; hoje tem cross country

Cumprida a 1ª fase do Concurso Completo de Equitação - CCE, o Time Brasil com Marcelo Tosi montando Genfly, Rafael Losano com Fuiloda G e Carlos Parro com Goliath larga no cross country, a mais esperada prova e grande divisor de águas da modalidade, nesse sábado (31/7), a partir das 19h45 (fuso horário do Brasil).


Após dois dias de prova, terminou a 1ª fase do adestramento no Concurso Completo de Equitação dos Jogos Olímpicos realizado no parque equestre Baji Koen, na noite da sexta-feira (30/7, ou seja, sábado, 31/7, pela manhã) em Tóquio.

O primeiro conjunto do Time Brasil foi Marcelo Tosi que, montando Glenfly, fechou com -31,50 pontos, 68,5%, na 21ª colocação. Rafael Losano com Fuiloda G registrou - 36 pontos, 64%, sendo 43º colocado e Carlos Parro, o Cacá, com Goliath, - 36,10 pontos, 63,9%, 44º, empatado com outros dois conjuntos.


O Brasil encontra-se em 11º lugar com - 103 pontos. A Grã Bretanha lidera (- 78,30 pontos), seguida pela Alemanha (- 80,40 pontos) e Nova Zelândia (-86,40 pontos), entre um total de 15 países. Nada está definido ainda e tem muito jogo pela frente. A 2ª fase do Concurso Completo começa com o emocionante cross-country, nesse sábado (31/7), a partir das 19h45, fuso brasileiro.


Todos os integrantes da equipe deixaram o picadeiro satisfeitos com suas apresentações, especialmente Tosi. "Foi muito bom. Estou contente. O Glenfly ficou um pouquinho fora do ponto. Quando entrei, ainda estavam batendo palma e, lá dentro, a parte do trote ficou um pouquinho fora do que eu gostaria. Mas ele se comportou bem. Estava um pouco tenso, não sei se deu para notar, mas não pude exigir tudo. Meu objetivo era ficar na casa - 28 pontos. Chegamos perto", contou Tosi, que também falou sobre Glenfly, um puro sangue inglês de corrida de 16 anos, que vem chamando atenção da mídia especialmente na Inglaterra.

Marcelo Tosi com seu Glenfly (Luis Ruas / Hipismo Brasil)
Marcelo Tosi com seu Glenfly (Luis Ruas / Hipismo Brasil)

"Antigamente se usava muito puro sangue no Concurso Completo. A prova era mais longa, então se usava um cavalo que galopava mais. O cross chegava a 12 ou 13 minutos (em Tóquio o tempo permitido é de 7min45s). Agora, na modernidade, se usa mais cruzamentos de Puro Sangue Inglês em cavalos warmblood. Então, na Inglaterra, que tem muito cavalo de corrida, fica a questão do que fazer com eles quando param de correr e, por isso, a imprensa se interessa. O Glenfly é um cavalo que saiu das pistas de corrida e chegou a uma Olimpíada. Já fez eventos 5* nos EUA, Europa e agora Ásia. Então, isso tudo mexe com a economia e atividade do cavalo de corrida na Inglaterra e Glenfly já tem um fã clube por lá."


Tosi, 52, medalhista pan-americano e cavaleiro olímpico, também falou sobre a dificuldade do percurso de cross country Sea Forest Park, na baía de Tóquio. O cross está no nível de 4* forte, como tem que ser uma Olimpíada e muitas perguntas de nível 5* estrelas (grau máximo). O percurso está muito truncado. Tem pouco espaço para galopar, com muita volta para trás. Os cavalos vão cansar mentalmente e aí pode acontecer um erro do cavaleiro ou do cavalo que não está pronto para ajudar. Temos que fazer o nosso melhor e o nosso melhor, sem forçar mais do que é possível. E as equipes agora têm somente três cavaleiros, sem direito a descarte, o que é algo novo para todos."


Rafael Losano e Fuiloda G (Luis Ruas / Hipismo Brasil)
Rafael Losano e Fuiloda G (Luis Ruas / Hipismo Brasil)

O jovem cavaleiro Rafael, 23, integrante do Time Brasil medalha de prata no Pan Lima 2019, ao lado de Marcelo Tosi e Carlos Parro, também comentou sua atuação. "Estrear em uma Olimpíada é um sonho que estou realizando. Meu adestramento poderia ter sido um pouco melhor, mas tive que entrar à noite. A Fuiloda é uma égua assustada, ainda nova. Ela estava bem, mas achei que estaria um pouco mais relaxada, faz parte do negócio. Tive um erro no galope. Na lateral da pista tinha uma câmera que fica mexendo e ela se assustou, trocando de mão. O resto acho que faltou um pouco de concentração em tudo, as notas que poderiam ser 7, 7,5 foram pra 6,5", analisou Rafael, que ainda falou sobre a estreia em Jogos Olímpicos. "A gente fica um pouco nervoso. Mas quando colocamos a bota e montamos e fazemos o que fazemos todo dia, a gente se sente em casa."


Carlos Parro e Goliath no adestramento (Luis Ruas / Hipismo Brasil)
Carlos Parro e Goliath (Luis Ruas / Hipismo Brasil)

Carlos, o Cacá, com Goliath foi o último cavaleiro no picadeiro e saiu um pouco desapontado com sua nota. "Eu achei a prova boa, as notas não foram o que a gente estava esperando. Mas o cavalo se comportou muito bem. Não tenho o que fazer. Pra gente fica difícil, senão tiver ninguém de baixo para ajudar. Só quando eu ver o vídeo poderei analisar. Na Inglaterra, fizemos três provas com média por volta 70%", disse Carlos, antecedido pelo bicampeão olímpico alemão Michael Jung com Chipmunk FRH que fechou com apenas -21,10 pontos, 78,9%, na liderança da competição no individual. "Agora vem o Cross. Meu cavalo é novo e é difícil saber como vai se comportar. Mas já saltou cross desse nível", finalizou o Cacá.

Conforme a regra, os três brasileiros largam no cross country, na mesma ordem do adestramento: Tosi será 15º, Rafael, 39º, e Cacá, 61º.


Cronograma da competição:

Domingo, 1 de agosto CCE Cross Country Equipes e Individual Fuso Japão - 7h45 - 11h10 Fuso BSB – 31/7 – 19h45 – 23h10 (63 participantes)


Segunda-feira, 2 de agosto CCE Salto Final Equipes e Individual Fuso Japão 17h – 19h35 e 20h45 - 21h45 Fuso BSB 5h – 7h35 e 8h45 – 9h30 Cerimônia de Premiação Equipes Cerimônia de Premiação Individual (25 participantes)


O hipismo tem transmissão ao vivo pelo canal Sportv + e Globoplay.




fonte: Imprensa CBH (Carola May e Rute Araújo, com entrevistas Revista Horse; fotos Luis Ruas / Hipismo Brasil)


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